Qual o papel da genética na alimentação animal?

A pecuária brasileira está testemunhando uma evolução significativa no manejo alimentar dos animais

A pecuária brasileira está testemunhando uma evolução significativa no manejo alimentar dos animais, ainda que persista uma preferência por métodos tradicionais transmitidos de geração em geração. O paradigma comum de recorrer à suplementação apenas em períodos de escassez de volumoso está sendo desafiado. Os pecuaristas agora enfrentam o desafio de manter ou até aumentar o peso dos animais durante esses períodos, em vez de apenas evitar perdas de peso, explica o Prof. Jorge Prado Borges Neto, do Curso CPT Fabricação de Ração na Fazenda.

Essa evolução começa ao combinar o conhecimento ancestral com os benefícios trazidos pela ciência moderna. Hoje, está comprovado que a suplementação é essencial, especialmente quando há abundância de alimento, como durante a estação chuvosa, quando o capim está exuberante e nutritivo.

Animais alimentados com pasto de qualidade podem ganhar até 400g por cabeça por dia. Por outro lado, a suplementação adequada pode elevar esse ganho para até 1.500g por cabeça por dia, dependendo do tipo de suplemento utilizado.

Entretanto, esses ganhos não são garantidos sem um manejo adequado, cuidados sanitários regulares e acesso constante a água limpa.


O Papel da Genética na Alimentação Animal.

Além disso, ao considerar o investimento em melhoramento genético, é importante não negligenciar a alimentação adequada. Melhorar a genética do rebanho pode oferecer oportunidades de ganho de peso sem precedentes. Técnicas como estação de monta, inseminação artificial e fertilização in vitro são comuns, mas é importante lembrar que quanto melhor a linhagem do animal, maior será a sua demanda nutricional.

Um produtor que investe em genética sem fornecer uma nutrição adequada está fadado à decepção, pois o melhoramento genético busca resultados que são alimentados literalmente por um manejo alimentar eficiente.

O potencial genético do animal não se manifestará se ele não receber um manejo alimentar adequado. Por exemplo, se buscamos maior precocidade nos animais, eles só atingirão esse potencial se sua alimentação também for apropriada. Caso contrário, os resultados podem ser inferiores até mesmo aos de animais cruzados que não recebem uma alimentação adequada, pois sua resistência às condições adversas pode ser maior.

Em última análise, cuidar da nutrição e da genética dos nossos animais é como nutrir e cultivar um relacionamento. Assim como a confiança e o respeito mútuo são essenciais para um vínculo sólido entre duas pessoas, o equilíbrio entre uma dieta saudável e uma linhagem de qualidade é fundamental para que os animais alcancem seu potencial máximo e prosperem. Ao investir tempo, cuidado e atenção em ambos os aspectos, os produtores não apenas colhem os frutos de animais mais fortes e saudáveis, mas também fortalecem o alicerce de suas fazendas para um futuro sustentável e próspero.


Qual o papel da genética na alimentação animal?

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Por: Thiago de Faria

Thiago de Faria Ribeiro 24-04-2024 Bovinos

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