Dicas para produzir manga em larga escala

Os produtores que desejam investir na produção de manga em larga escala devem ficar atentos quanto à escolha das variedades

O mercado consumidor de manga tem crescido muito no Brasil e no mundo

  manga

Os produtores que desejam investir na produção de manga em larga escala devem ficar atentos quanto à escolha das variedades, que deve levar em conta aspectos como tolerância a doenças e pragas e características que afetem a produção e a qualidade do fruto, entre outros. Até mesmo por questões que são óbvias, dificilmente, uma variedade atenderá a todas as características desejáveis.

Por muito tempo, a variedade Haden era a mais aceita e a mais utilizada em plantios comerciais no Brasil. Porém, tanto os produtores quanto os consumidores passaram a buscar outras variedades que também tivessem o potencial produtivo e de boa qualidade, como é o caso da manga Tommy Atkins, Keitt, Kent, Van Dyke. Essas variedades abordadas são as principais cultivadas em plantios comerciais para consumo in natura, havendo ainda outras que estão alcançando potencial de mercado, que são a Espada, Rosa, Ubá, Carlota, Maranhão, entre outras.

Quanto aos tratos culturais que devem ser dispensados a essa cultura, eles consistem em controlar as plantas daninhas, fazer as podas, utilizar quebra-ventos em locais de grande incidência de ventos, além de consorciação de cultura, indução artificial do florescimento, irrigação e, por último, calagem e adubação de manutenção.

Passando à colheita, o critério mais usado para saber qual o ponto ideal de colher os frutos é a mudança de cor da casca do fruto e da polpa. Essa mudança acontece em torno de 100 dias após a planta ter florescido e quando acontece a queda de alguns frutos maduros. Faz-se necessário ressaltar que esse período de 100 dias é variável, pois depende das condições climáticas e do tipo de cultivar envolvida.

O procedimento correto para avaliação da época certa da colheita é feito conjugando vários métodos, por isso é importante o uso de refratômetros para saber o teor correto de brix, a quantificação da acidez, a resistência da polpa à pressão e a consistência do látex exudado do pedúnculo que, juntos, podem assegurar ao produtor um maior índice de acerto. Por fim, o tempo de consumo ou industrialização do produto determinará a melhor época de colher a manga, aliado à experiência que o produtor vai ganhando ao passar dos anos.

É importante que os produtores estejam conscientes dos custos referentes à implantação e manutenção da cultura, bem como aos investimentos voltados para as operações mecanizadas, operações manuais, aos insumos e à administração da propriedade na qual a cultura está se desenvolvendo.

Além desses gastos, os produtores também devem estar atentos a doenças e pragas que possam infestar a produção. Elas são responsáveis por causar irregularidade de produção, diminuição da quantidade produzida, comprometimento da qualidade dos frutos e morte das plantas ou de parte delas. As pragas e doenças da mangueira constituem fatores limitantes à atividade de cultivo. Por isso, um manejo sanitário e, sobretudo, medidas preventivas eficazes são imprescindíveis e irão determinar o sucesso ou fracasso econômico da cultura.

Entre as várias doenças que atacam a mangueira pode-se citar como as principais a antracnose, o oídio e a seca da mangueira. Já no caso das pragas, as principais são a mosca-das-frutas, a broca-da-mangueira, as formigas cortadeiras, entre outras.

Para maiores informações, consulte o curso Produção de Manga, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas. O curso aborda questões como desenvolvimento do fruto, período de semeadura, adubação no viveiro, doenças e pragas, uso correto dos produtos agrícolas, colheita e processo pós-colheita, entre outros. Leia também nosso outro artigo Manga e seu cultivo ideal.

Beatriz Lazia 07-01-2013 Fruticultura

Deixe um Comentário

Comentários

Não há comentários para esta matéria.