“No Brasil, o consumo de mel tem crescido, em ritmo acelerado, ao mesmo tempo em que as exportações têm garantido bons preços ao produtor. Entretanto, para alcançar êxito no mercado, o apicultor precisa de uma boa infraestrutura e do conhecimento das melhores técnicas de manejo de colmeias”, afirma Paulo Sérgio Cavalcanti Costa, professor do Curso CPT a Distância e Online Manejo do Apiário - Mais Mel com Qualidade.
Formação de colmeias
As colmeias podem ser formadas a partir da iscagem com cera alveolada e chá de erva cidreira. No processo, os quadros do ninho são pulverizados com essa mistura. Outra técnica adotada para formar colmeias é com a captura de enxames encontrados em árvores. Por fim, as colmeias podem ser adquiridas de fornecedores reconhecidos no mercado.
Implantação do apiário
O apiário é constituído por até 20 colmeias capturadas ou iscadas. É importante manter uma distância de três a cinco metros, entre as colmeias, e de 0,50 cm a 1,00 m nas laterais. Os cavaletes servem de suporte para as colmeias e devem ficar a uma altura de 0,50 m do solo. Os quadros do ninho devem ser de madeira e as melgueiras, de plástico polietileno.
Alimentação das abelhas
O ideal é que a alimentação das abelhas seja natural. Sendo assim, a implantação do apiário deve ser próxima à flora rica e fonte de água de qualidade. Além disso, é possível oferecer às abelhas alimentação artificial, como xarope feito com água e açúcar. Entretanto, ele deve ser trocado, a cada três dias, e fornecido à colmeia durante 60 dias.
Colheita, decantação e envase
Na colheita, as melgueiras seguem para a casa do mel. Nesse local, o apicultor retira a cera que protege os favos com o auxílio do garfo desoperculador. Após esse procedimento, os quadros são acondicionados em uma centrífuga para a extração do mel.
O mel é coletado em baldes de inox, onde permanece por sete dias para decantar. Após a decantação, ele é envasado em baldes de plástico com volume de 18 litros.
Beneficiamento e comercialização
O beneficiamento do mel pode ser realizado em conjunto com outros apicultores para reduzir os custos. Já a comercialização do mel pode ser feita por meio de divulgação sobre os benefícios do produto para a saúde. Os principais clientes são armazéns, empórios, mercearias, quitandas e supermercados.
Alguns apicultores participam de programas de cesta básica das escolas públicas. Com isso, o mel passa a fazer parte do cardápio de instituições de ensino. Não apenas o mel pode ser comercializado, como também geleia real, própolis e cera.
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Fonte: revistaagropecuaria.com.br
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