Mandaçaia é uma palavra indígena que significa “vigia bonito” (mandá: vigia) (çai: bonito), fato este por se observar no orifício de entrada da colmeia uma abelha sempre presente, ou seja, a vigia.
Esta espécie de abelha possui excelentes características para ser criada racionalmente e conta com uma incidência maior em várias regiões do país, indo desde o Paraná até o Estado da Bahia. Porém, é nas regiões secas, principalmente na Bahia, que as encontramos em maior quantidade.
A Mandaçaia constrói seus ninhos em ocos de troncos de árvores, numa altitude mediana. A entrada do ninho é construída com geoprópolis – uma mistura de barro com resinas extraídas das plantas.
O ninho desta abelha possui uma população bem menor em relação à Apis mellifera, não chegando a ultrapassar 2.000 abelhas; normalmente encontramos famílias somente com centenas de indivíduos.
A Mandaçaia é uma abelha muito mansa, mas costuma repelir os intrusos com um movimento bastante intenso em redor do possível inimigo, chegando a mordiscar com suas fortes mandíbulas.
Em colônia de Mandaçaia, as operárias têm seus ovários desenvolvidos e muitas vezes podem fazer postura. Geralmente os ovos de operárias postos antes da postura da rainha são ingeridos pela mesma, e os ovos postos após a postura da rainha darão origem a zangões (machos).
Os machos de Mandaçaia, ao contrário dos de Apis mellifera, podem realizar algum tipo de trabalho na colônia, como por exemplo, a desidratação do néctar, mas sua principal função nas colônias é fecundar a rainha, durante o voo nupcial.
O mel produzido pela Mandaçaia é procurado pelo seu agradável sabor não enjoativo. É bastante liquefeito devido ao alto teor de umidade, fato este que requer que o mesmo fique armazenado sob refrigeração, para evitar a fermentação.
Na natureza, a Mandaçaia pode produzir de 1,5 a 2,0 litros de mel em épocas de boa florada, criada racionalmente a produção pode aumentar.
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Por Daniela Guimarães.