Algumas medidas profiláticas para evitar doenças nos suínos

Os criadores de suínos querem, cada vez mais, aumentar os lucros com a criação, sem terem de aumentar os investimentos desta.

Os resultados de uma criação de suínos estão intimamente ligados ao bom estado de saúde dos animais

  criação de suínos

Os criadores de suínos querem, cada vez mais, aumentar os lucros com a criação, sem terem de aumentar os investimentos desta. Nesse contexto, encontram-se os gastos com doenças parasitárias, infecciosas e nutricionais que, muitas vezes, demandam gastos fora do orçamento do criador. Pensando em auxiliar os suinocultores, daremos algumas orientações, gerais e práticas, de como o criador poderá evitar e combater algumas moléstias que tornam quase impossível a prosperidade de uma criação de porcos.

Primeiramente, deve ficar claro ao criador que os resultados de uma criação de suínos estão intimamente ligados ao bom estado de saúde dos suínos, ou seja, estão ligados à ausência de enfermidades que, geralmente, são de caráter infeccioso. Sendo assim, para que a saúde dos suínos seja garantida, o criador deve adotar algumas regras, entre elas, a de que é sempre melhor "prevenir do que remediar".

Chamamos de profilaxia o conjunto de meios empregados para preservar os seres vivos de enfermidades, usando para isso o isolamento, as desinfecções, as vacinações, as medidas higiênicas em geral, a alimentação adequada, entre outros. Sendo assim, listaremos as principais medidas profiláticas contra as enfermidades dos suínos que o criador prudente deve adotar:

- os piquentes e parques de criação devem ser localizados em terras férteis e de boa inclinação para que as águas da chuva encontrem fácil escoamento;

- deve-se evitar brejos, várzeas úmidas, pântanos, pois, em pouco tempo, transformam-se em focos de verminoses e de outras enfermidades;

- deve-se fornecer aos porcos água boa, abundante e de procedência conhecida;

- manter sempre limpa todas as dependências da criação;

- não introduzir animais de fora, sem prévia quarentena, de 20 dias no mínimo, em local isolado;

- adotar instalações e equipamentos, que permitam uma fácil e radical desinfecção, quando preciso;

- não permitir que pessoas estranhas tenham acesso ao local de criação;

- fazer a vacinação sistemática contra a pneumonia enzoótica, o carbúnculo sintomático, a peste suína e o carbúnculo hemático;

- realizar as provas de tuberculina, de seis em seis meses, ou, pelo menos, anualmente, e de brucelose, eliminando os reagentes;

- não fornecer aos porcos leite integral ou desnatado, sem prévia pasteurização, ou então proveniente de vacas tuberculinizadas;

- isolar imediatamente todo e qualquer animal que se apresentar doente;

- procurar fazer a criação ao ar livre, em parques ou piquentes, como medida higiênica e econômica;

- usar rações balanceadas para evitar as moléstias de carência.

Essas são algumas medidas que o criador deve tomar para prevenir que seus animais sejam contaminados e possam prejudicar os objetivos da criação. Para obter maiores informações, consulte o curso Sistema Orgânico de Criação de Suínos, elaborado pelo CPT - Centro de Produções Técnicas. O curso conta com a coordenação da Doutora Maria do Carmo Arenales, que orienta entre outras coisas a respeito da escolha e aquisição de animais, instalações e manejo dos animais, alimentação e sanidade animal. Leia também nosso outro artigo O que fazer com os dejetos dos suínos.

Beatriz Lazia 21-09-2012 Suinocultura

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